O presidente do Instituto de Ciências Penais (gestão 2016/2018), Alexandre Victor de Carvalho, empossado presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), em entrevista exclusiva ao ICP, fala sobre a gestão da instituição em ano eleitoral, pandemia COVID-19 e legado do trabalho.
ICP: Qual é o principal desafio de TRE/MG em tempos de pandemia e como prevê o trabalho que será após o coronavírus?
Alexandre: É um enorme desafio assumir a Presidência do TRE-MG neste momento de pandemia em face da COVID-19. Desde março deste ano conseguimos estabelecer o tele trabalho de modo eficiente e seguro. Há algumas atividades que exigem o trabalho presencial. Nesses casos, estamos tomando as mais rígidas medidas de segurança, de modo a acautelar a saúde dos nossos colaboradores e dos nossos jurisdicionados. Creio que teremos um “novo normal” após a pandemia, com o aumento do trabalho à distância e um labor presencial com itens de segurança essenciais para a tutela da saúde de todos. Inclusive nas próximas eleições.
ICP: Existe possibilidade de adiamento do pleito?
Alexandre: Há um Projeto de Emenda Constitucional para, excepcionalmente, postergar a data das eleições municipais para os dias 15 de novembro, o primeiro turno, e, se necessidade houver de segundo turno, será realizado em 29 de novembro. Para a Justiça Eleitoral será importante, visando a um prazo maior para a preparação das eleições.
ICP: O que deseja/pretende executar para contribuir e deixar um possível legado para o TRE?
Alexandre: Pretendo incrementar a Tecnologia da Informação, com o acréscimo de qualidade e quantidade tecnológica ao TRE-MG. Pretendo, também, consolidar o alistamento biométrico dos eleitores e tornar ainda mais eficiente o PJE - Processo Judicial Eletrônico. Por fim, tenho por objetivo propiciar aos juízes da Corte Eleitoral uma melhor estrutura de trabalho, com uma mudança física significativa para os gabinetes.